segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A dor

Definitivo, como tudo que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.

Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.

Sofremos por que?
Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos. Por todos os filhos que queríamos ter tido e não tivemos. Por todos os shows, filmes, livros e silêncio que gostaríamos de ter compartilhado e não o fizemos. Por todos os beijos cancelados por toda a eternidade.

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para passear, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuros está sendo arrancado de nós, impedindo assim que possamos viver outras mil aventuras, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso: se iludindo menos e vivendo mais!!

A cada dia que vivo, mas me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoista que nada arrisca e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional.

(texto num blog sobre Chico Xavier)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Quando volto aqui e leio certas coisas me sinto uma tola. Momentos de desespero surgem, é normal, mas eu preciso perder essa mania de sempre aguardar pelo pior. Ah, preciso.

Nada mudou da última semana para cá, mas, não sei dizer porque, a esperança voltou a reinar nesse meu coraçãozinho confuso e complicado. Ontem, do nada (e quando digo do nada é do nada mesmo), tive uma sensação esquisita. Era como se alguém chegasse do meu lado e sussurasse no meu ouvido que eu podia ficar tranquila que tudo daria certo. De novo, não aconteceu absolutamente nada, mas eu senti uma paz e uma felicidade que me fez acreditar que basta eu correr atrás que as coisas se ajeitarão novamente. E cá estou eu. Posso dizer que em dois dias eu já liguei para mais clientes do que nos meses passados todinhos. Então, não é possível que algo não vingue nos próximos meses, certo? Tá, meu salário vai diminuir muito, mas muito mesmo. Só que se eu parar pra pensar nem assim, com essa queda, vou receber pouco (acho que meu salário nos últimos meses foi algo surreal). Ok, minhas dividas são altas, mas paciência...vou pagando uma coisa daqui, outra dali, até que minha vida caminhe de novo.
O que me entristece é saber que não vou poder pegar férias ano que vem. Bom, férias eu posso pegar, não vou poder viajar, essa é a real. Aliás, com eu sei disso? Tem muito tempo pela frente, vai que as coisas realmente deem muito certo e eu não precise alterar meus planos, não é?
Como diz a Ana, pensamento positivo. Se não atrai coisas ruins.

E é isso :)

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O medo de novo....

Mas dessa vez o medo é mais sério. É mais real e parece que a qualquer momento eu posso sucumbir.
Nunca me senti tão mal quanto tenho me sentido agora. E sem ninguém por perto, com tantas pessoas ao redor.
Preocupação com grana sempre me deixou muito nervosa, mas dessa vez, medo de chegar um dia e não ter como pagar meu apê, me tira o sono, me tira atenção, me amedronta. E o mais difícil é ver que minha mãe não consegue entender isso.
Para ajudar, me encheu o saco quando fui lá no domingo (nervosa pq eu fui, sem ao menos dar certeza se ia) e agora me liga para dizer que vai mudar de lá para um lugar quarto e cozinha. Disse que é porque não quer mais subir escada, mas eu sei que, no fundo, é só para se fazer de vitima, dizer que é sozinha e a casa é grande. Tanto é, que ela me perguntou se eu pretendo voltar pra lá, se não ela se muda mesmo. Também me disse que não ganho mais porque não quero, porque as coisas estão boas por aí, que é só eu parar de jogar dinheiro fora com terapia, que não resolve nada (palavras dela)e não fica enfiada aqui dentro. Pois é, quando a única coisa que você precisa é de apoio em uma fase difícil, você recebe criticas e ainda se vê obrigada a lidar com infantilidades da última pessoa que as devia ter. Ah também fui obrigada a ouvir que ela sempre rezou para que uma Santa me ajudasse, mas, como eu doei cestas básicas para outra Igreja, ela não pode fazer nada. Sim, quando você quer fazer uma boa ação você deve fazer para as Igrejas certas, se não pode pagar muito caro por isso.

Aí eu me pergunto: onde eu errei tanto? por que passar um momento tão complicado?

Eu sei que se tivesse tido mais responsabilidade financeira durante a minha vida eu estaria mais tranquila nessa fase de vacas magras. Mas eu não fiz.
Eu sei que é errado, mas não consigo parar de pensar em tudo que não fiz, me cobrando pelas atitudes que tomei e por estar pagando por elas hoje.

Sei que tem sido muito difícil. Tenho medo de não aguentar a pressão e me entregar. Amo minha casa tenho tanto medo de perdê-la...Sei que pode ser um pouco cedo pra pensar nisso, mas é difícil não pensar. Isso não sai da minha cabeça.
Tô me sentindo cansada, sem vontade de nada....sem animo, sem força. E sem ninguém pra me ajudar. E é acho que faz mais falta....E como tenho pensado nele...em o quanto eu tenho vontade de pedir pra ele vir aqui e deixar eu deitar no colo dele e chorar, chorar, chorar...

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Hora de decisão.

O que eu tanto temia que acontecesse, aconteceu.
As pessoas que me conhecem já sabem que tem um tempo que eu ando insatisfeita com o meu emprego. Falta motivação, falta paciência, falta retorno. Tudo que é feito os chefes reclamam. Não sei se eu ando de saco cheio, se eu acordei pra vida ou se é qualquer outra coisa, mas vê-los chamando todo mundo, a torto e a direito, de burros, idiotas e etc, tem me incomodado muito. Absurdamente. A ponto de, quando a ofensa é comigo, eu respondo na hora.
Mesmo assim, tenho levado, principalmente por medo de sair de lá. A merda do medo do novo, de novo.
Só que hoje o bicho pegou. Um cliente meu, que significa 90% da minha renda, do meu salário, parou de comprar comigo. Por problemas da empresa. Eu nunca perdi um cliente por incapacidade minha. NUNCA. Tudo que eu perdi até hoje, foi por problemas da empresa. Ou financeiro, ou nas entregas, ou por motoristas. E isso é complicado....Se você se dá mal porque você falhou, pq vc foi irresponsável, vc aceita....Mas aceitar sem merecer, não dá certo né?

Aí vem o medo desesperador. Eu amo meu ape. Não quero perder isso aqui e a prestação não é baixa. E tem a facul....Que eu tb to amando e não queria parar.....E penso: e agora??? Se não tenho mais pique pra correr atrás de clientes ali dentro, se perdi o que tinha, e agora? Será que não é chegada, finalmente, a hora de eu dar as caras num lugar novo?

Acho que o tempo torna qualquer relação monotona. Seja com seu marido, seu namorado, seja no seu emprego. E eu to lá há mais de 6 anos.

Eu preciso de uma luz. É só isso que quero. E um colo, pra eu deitar a cabeça e chorar até dormir.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Monogamia

Bom, o próximo post seria sobre outro assunto, mas, depois de assistir a mais um episódio de Sex and the city, me deu vontade de mudar o foco.

E voltei a pensar seriamente sobre monogamia. Será que isso existe? Gostaria muito que sim, mas nunca vivenciei algo parecido.
Fico me perguntando, será que existe alguém que satisfaça outra pessoa 100%? Quero dizer, existe alguém no mundo que goste das mesmas músicas que você, que torça por mesmo time de futebol, que tenha as mesmas escolhas políticas, que goste ou não de animais de estimação caso você goste ou não, alguém com quem vc consiga conversar por horas a fio, sobre qualquer coisa interessante ou sobre qualquer futilidade. Alguém com quem o sexo seja tão bom que te faça sempre querer mais, que o beijo te tire o folego, que o abraço faça com que vc se sinta protegida, que o nome dele no visor do seu celular tocando já seja o suficente para seu coração disparar. Alguém que te dê um simples bom dia, mas que isso é o bastante para que seu dia realmente seja bom. Alguém que gosta das mesmas comidas que vc, alguém que assista os mesmos programas, alguém que faça com que vc esqueça de tudo....Existe?

Aí penso: não, não existe. Por isso as pessoas traem tanto, por isso as pessoas se relacionam com várias ao mesmo tempo....E me pergunto: isso é errado? Não estou defendendo nada, mas me pergunto: por que devemos aceitar pouco, qnd podemos ter tudo? Também não estou tentando justificar minhas atitudes nos últimos tempos. Só estou realmente pensando no assunto e tentando não me cobrar tanto com o que tem acontecido. Que culpa temos se nos damos tão bem com uma pessoa em determinados aspectos e em outros não? As vezes não temos mais nenhuma ligação, mais nada em comum com alguém, mas o sexo é algo tão bom que você esquece de tudo que te aborrece e fica só com o que é bacana. Só que, enquanto isso, vai se relacionando com outra pessoa....que te completa em outros campos....E aí fica no impasse, de não saber o que fazer, o que escolher. Mas pra que escolher entre uma coisa ou outra, se vc pode ter tudo, separado, mas tudo? Difícil, não? Acho que não, acho que nós que complicamos...Pensamos demais em tudo, nos outros, na cultura, na sociedade e acabamos deixando de viver muita coisa que gostariamos de viver por preconceito.

E é isso.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

O que passou....

Segunda, véspera de feriado e eu em casa. Como é bom não trabalhar e isso me faz ver o quanto eu preciso de férias. Seria férias definitiva daquele lugar, mas, enquanto não rola, paciência...



Vamos a continuação do último post...

Apesar de todo o stress do dia, a noite me acalmei. Conversei muito com E. pelo msn. E, senhor, como eu gosto de falar com ele, como me faz bem, como me diverte, como eu gosto dele. Fiquei aliviada por saber que nosso último encontro não o abalou, como abalou a mim. Mulher é um bicho paranóico mesmo, não tem jeito. Já tinha imaginado que seria o fim de tudo, já tinha criado mil roteiros na minha cabeça, cenas, perguntas e respostas e já sabia qual era o fim de algo super bacana. Pois é, o filme que escrevi, graças a Deus, não funcionou. E, creio eu, que está tudo bem.



Sábado.

Decidi, depois de muito pensar, ir no barzinho com a Jacque. Preguiça batendo forte, mas tinha que sair e me divertir, precisava disso depois de uma semana tão péssima. Liguei o som bem alto, U2, me arrumei e, quando estava quase pronta, recebo uma msg no cel. Ele perguntando como eu estava, se ia sair e etc. Adoro receber msgs dele! Um simples fato que fez com que eu aproveitasse ainda mais a noite. Certa de que não vou perder o que gosto tanto.

E me diverti. Bebi, conversei, dei risada, cantei...Boas músicas e, realmente, o J. é simpático. Dormi na Jacque, acordei, tomamos café, conversamos sobre as férias, fui votar, almocei na tia (o que se torna cada vez mais desagradavel) e voltei pra casa. Dormi, li uns textos da facul, assisti um filme (Te amarei pra sempre) e fiquei um pouco na net.

Segunda.
Acordei meio estranha. Na verdade acordei bem, mas sempre que recebo um email de um determinado cliente, me estresso. Aí meu humor foi pra longe. Discuti com minha mãe pelo telefone, pq manda eu marcar médico pra ela e, quando eu consigo (2 horas no telefone), ela reclama do local. Fiquei ainda um pouco mais nervosa pq as meninas da facul tinham que vir aqui fazer trabalho e nao deu certo. Temos menos de 15 dias pra fazer um puta trabalho, que vai servir para todas as matérias e ninguém tá nem aí. Vai se ferrar, né. Ai larguei mão tb. Liguei o dvd e coloquei a primeira temporada de SATC. Adoro o seriado! Me indentifico um pouco com cada uma. Antes nao tinha nada da Samantha, mas, depois do último fds, não posso mais dizer isso. Maldade....rs. Aí tomei banho, deitei pra ver novela e meu celular toca. Era o Caio me chamando pra ir na Primeira Cervejaria da Mooca. Opa! Claro que vou! Saimos daqui as 22:30, paramos pra comer e fomos pra lá. Muito divertido, como sempre. Fazia tempo que não saia com ele. Tinha evitado ultimamente, por causa do R. que tem uns papos que me irritam...Mas como seria pra sair com outras pessoas, fui sem pensar duas vezes. Guinness, conversas sobre vídeo-games, boas risadas...Segunda perfeita. Cheguei em casa as 3 da manhã e entrei no msn, vício maldito. T. me chamou e ficamos um tempo conversando. Sobre cerveja (piada interna).

E é isso. Fim de semana prolongado foi bem bacana no geral...
Mais tarde volto pra segunda parte do post. Agora tô ocupada tentando convencer a Vere a viajar com a gente no ano que vem!

Beijos!